terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Saiba o que é factoring

Jornal do Commercio - Seu Negócio - 15.12.08 - B-20
O que é factoring
Destinada exclusivamente às pessoas jurídicas, principalmente médias, pequenas e microempresas, as factorings são consideradas uma atividade comercial mista, que soma prestação de serviços à compra de ativos financeiros de seus clientes. Hoje bastante praticada nos Estados Unidos, Reino Unido, Itália, França, Suécia, Holanda e Espanha, a atividade tem suas origens nos séculos 14 e 15, na Europa. Em 1808, um empresário americano formatou o que seria a primeira empresa de fomento mercantil, em Nova York. Entre os países da América Latina, além do Brasil onde as factorings são bastante difundidas nas regiões Sul e Sudeste , México, Colômbia, Peru e Equador têm mercados desenvolvidos.Sua operação é simples e possibilita à companhia fomentada vender à vista créditos gerados por vendas a prazo, proporcionando mais fluxo de caixa. Além disso, as empresas de fomento mercantil também prestam serviços administrativos e financeiros, como gestão das contas a receber e cobrança e compra de títulos. Sua maior vantagem é a agilidade: o processo de obtenção de capital de giro em factorings é menos burocrático do que em bancos, sejam estes públicos ou privados.Segundo Luiz Lemos Leite, presidente da Associação Nacional das Sociedades de Fomento Mercantil (Anfac), cerca de 135 mil empresas são clientes de factorings no Brasil. A previsão da entidade é que o setor encerre o ano com R$ 85 bilhões movimentados. Há empresas que, sozinhas, movimentam R$ 200 milhões mensais. As empresas de fomento mercantil não constituem uma atividade financeira, pois não podem captar recursos de terceiros e fazerem intermediações para emprestá-los, como bancos. Além disso, também não descontam títulos ou fazem financiamentos. Por conta disso, dependem exclusivamente de recursos próprios para operar e é bastante comum ver factorings captarem recursos junto às instituições financeiras. Seus ganhos são oriundos de um fator de deságio cobrado a partir dos recebíveis comprados. Segundo a Anfac, a taxa média no mercado é de 4%, mas tende a crescer por conta da restrição de crédito generalizada no Brasil que, aos poucos, também afeta o setor. Há cinco modalidades para a operação de factorings: convencional, que se baseia na compra de créditos das companhias fomentadas; maturity, que administra as contas a receber dos clientes; trustee, que, além da cobrança e da compra de títulos, presta assessoria administrativa e financeira; exportação, que é feita por uma factoring de cada país envolvido e proporciona melhor gestão e liquidez ao negócio; e matéria-prima, em que a empresa de fomento se transforma num intermediário entre o empresário e seus fornecedores. No Brasil, a primeira opção é a mais atuante.Para Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), as factorings são boas alternativas para quem está em busca de recursos com rapidez, principalmente num cenário de restrição de crédito como o atual. "A melhor opção talvez seja renegociar com fornecedores, mas fatalmente estes também estão em dificuldades e não farão acordo. As factorings oferecem agilidade. Além disso, a facilidade na obtenção de crédito é maior porque elas não avaliam o tamanho de sua empresa e sim para quem você vende", afirma.

Nenhum comentário:


Registre as histórias, fatos relevantes, curiosidade sobre Paulo Amaral: rasj@rio.com.br. Aproveite para conhecê-lo melhor em http://www2.uol.com.br/bestcars/colunas3/b277b.htm

Eis o veículo (Motorella) que tenho utilizado para andar na ciclovia da Lagoa e ir ao trabalho sem suar