quinta-feira, 7 de agosto de 2008

80 anos de Célio Borja

Jornal do Commercio - Direito & Justiça - 16.07.08 - B-7
Célio Borja defende maior tolerância
GISELLE SOUZA
DO JORNAL DO COMMERCIO
"AJustiça não é uma virtude para si própria, mas para todos". Com essas palavras, o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Célio Borja, defendeu ontem - em almoço realizado no Jockey Club Brasileiro, no Centro do Rio de Janeiro, em comemoração ao seu aniversário de 80 anos - maior tolerância entre os diversos setores da sociedade. De acordo com Borja, as instituições precisam "se encontrar" rumo ao bem estar do povo brasileiro. "Ninguém precisa renunciar ao que pensa, mas é preciso mais fraternidade, compaixão", disse Borja, destacando que no País não há espaço para aqueles que pensam diferente se desencontrarem quando buscam atingir a mesma meta. "Convivi com opositores e adversários, mas sempre fiz questão de me abrir para quem não pensava como eu, mas que tinha um objetivo comum", afirmou. O almoço realizado ontem foi organizado por uma comissão composta por amigos e admiradores do ministro aposentado. Em carta, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, ressaltou o que classificou de "admiração nacional em torno de um grande mestre". Ele não pôde comparecer ao evento por causa de compromissos em Brasília. "O Brasil o aplaude de pé e que seu profícuo exemplo se reverbere", disse Mendes na carta.No evento, estiveram presentes o ministro da Justiça, Tarso Genro; o ministro do STF, Carlos Alberto Menezes Direito; o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJ-RJ), desembargador José Carlos Schmidt Murta Ribeiro, a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT), Dóris Castro Neves, entre outros representantes do Judiciário, do Legislativo, do Executivo, da advocacia e do mundo empresarial. "O ministro Célio Borja tem a capacidade de revelar enorme universalidade, a partir de seu caráter e da postura como juiz, parlamentar e ministro da Justiça", afirmou Tarso Genro, em discurso durante o evento. De acordo com ele, Borja é exemplo de prudência e espírito democrático - qualidades que sempre marcaram sua "postura de guardião do direito". O ex-deputado Federal Marcelo Cerqueira, representando a comissão organizadora, também ressaltou o caráter de Borja. "A palavra que o mais caracteriza é a integridade. Célio Borja é um homem íntegro", afirmou, em seu discurso. O presidente do TJ-RJ disse que se sentia honrado em participar do evento. "É uma honra participar de um evento desses. Célio Borja reúne o necessário para viver bem: liberdade, integridade e compaixão", destacou. O ministro aposentado agradeceu a homenagem. "É uma alegria ver aqui velhos e novos amigos. Essa festa mostra a possibilidade real da convivência dos que necessariamente não pensam da mesma forma", disse. expressão. Célio Borja é um homem público de expressão nacional. Ele nasceu no Rio de Janeiro, em 15 de julho de 1928. Ingressou na política em 1947, na Juventude Universitária Católica (JUC). No ano seguinte, foi eleito vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), cargo que deixou no ano seguinte por causa de divergências com a direção da instituição. Chegou ao parlamento em 1962, quando se candidatou a deputado estadual e foi eleito suplente. Ele também integrou o governo de Carlos Lacerda entre 1960 a 1965. Em 1971, foi eleito deputado federal pela Aliança Renovadora Nacional (Arena). Em 1974 tornou-se líder do partido na Câmara; e no ano seguinte, presidente daquela Casa. Em 1978, reelegeu-se deputado federal com a mais numerosa votação do Rio de Janeiro. Em 1986, foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal, tendo se aposentado em 1992, quando foi designado ministro da Justiça no governo Fernando Collor.

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Eis o veículo (Motorella) que tenho utilizado para andar na ciclovia da Lagoa e ir ao trabalho sem suar