segunda-feira, 11 de maio de 2009

Minoria de técnicos trabalha em sua área

Jornal Destak - Rio - 11.05.09 - p. 02

Um levantamento da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia obtido pelo Destak revela que apenas 38% dos alunos que se formam na Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica do Rio) utilizam no mercado de trabalho o conhecimento adquirido em seus cursos. Segundo o secretário Alexandre Cardoso, a maioria dos jovens que concluem suas aulas na instituição estadual está preparada para passar nos vestibulares. Por isso, eles deixam o diploma de lado e migram para o ensino superior em faculdades conceituadas. O presidente da Faetec, Celso Pansera, acredita que os jovens seguem outro caminho em busca de mais dinheiro. "Existe a ilusão de que o curso superior garante uma melhor remuneração. O ensino técnico pode ser uma boa porta de carreira. Muitos alunos saem daqui muito bem conceituados e já são aproveitados no mercado, principalmente nas áreas de eletrotécnica e naval", destaca. Hoje, a Faetec possui mais de 32 mil estudantes matriculados. Mercado carente de vagas Enquanto a maioria dos técnicos segue outro caminho, sobram vagas no Estado. Segundo o chefe de gabinete da Secretaria de Ciência e Tecnologia e coordenador do estudo, Roberto Boclin, as áreas que mais precisam de profissionais desse tipo são saúde, mecânica, informática, eletrotécnica, segurança do trabalho, telecomunicações, eletrônica e informática. Ainda de acordo com Boclin, o Rio tem uma demanda anual de 1,5 mil técnicos. Na área do petróleo, especialistas também projetam um futuro promissor. Coordenadora do Cefet-Química, Sônia de Almeida acredita que, até 2015, só a Petrobras precisará de mais 20 mil técnicos especializados. A ideia da estatal é investir até lá mais de US$ 174 bilhões em refinarias. Para encaminhar a mão de obra qualificada produzida em suas unidades para o mercado de trabalho, a Faetec conta com uma central de estágios. No ano passado, mais de 6 mil jovens conseguiram vaga em empresas conveniadas. Segundo Roberto Boclin, as causas que levam os técnicos a não continuarem nas áreas escolhidas ainda estão sendo apuradas pelo estudo da secretaria. A pesquisa foi realizada com 8 mil estudantes que concluíram o curso entre 2004 e 2007 em 17 unidades da instituição.

Nenhum comentário:


Registre as histórias, fatos relevantes, curiosidade sobre Paulo Amaral: rasj@rio.com.br. Aproveite para conhecê-lo melhor em http://www2.uol.com.br/bestcars/colunas3/b277b.htm

Eis o veículo (Motorella) que tenho utilizado para andar na ciclovia da Lagoa e ir ao trabalho sem suar